De acordo com a OMS, o Brasil é quinto país no Mundo onde mais se mata mulheres, em sua maioria, vítimas de violência doméstica. Esse quadro alarmante vem de uma cultura machista, onde um gênero dominante se fortalece a partir do uso de poderes coercitivos para manter sua hegemonia.
Foto: Reprodução/TV Globo
O vídeo escolhido para ilustrar o mau uso do local de fala é exatamente sobre isso. Otaviano Costa, homem branco cis hétero (hegemônico), ex-apresentador do programa vespertino Vídeo Show, apoia a atitude agressiva do ex-BBB Marcos, que possui o mesmo local de fala, contra as mulheres no reality show ao vivo em tv aberta. Após a apresentação da cena da agressão, ele responde à Vivian Amorim: “nós gosta, ué”, dizendo que as vítimas gozam daquela cena, sem ao menos se colocar em sua posição. A sua colega, Sophia Abrão, fica visivelmente chocada e assustada com sua atitude.
Em contrapartida, há um movimento que fortalece a luta das mulheres. Elza Soares, faz parte dele, e usa sua voz para falar sobre da sua vivência como mulher negra e sobrevivente da violência doméstica. Em seu álbum, A Mulher do Fim do Mundo (2015), ela debate vários temas da pauta feminista, e em uma música, especificamente, ela narra uma prosa contra um agressor. A música Maria de Vila Matilde retrata a realidade triste de muitas mulheres e encoraja a denúncia contra a hostilidade masculina.
Autor: Caio Ferreira Mendes
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